[escrito em 15 de dezembro de 2008]
Em meio a um turbilhão de pensamentos, de coisas acontecendo, de pessoas a quem (acho) que deveria me preocupar… em meio a tudo isso, uma luz se mantém acesa.
É como se, mesmo no mais caótico momento, eu tivesse a certeza de que vou me salvar, me recuperar… como se houvesse uma corda amarrada de uma ponta a outra, uma corda firme, na qual eu sei que posso me segurar e me guiar para não me perder.
Quando consigo sentir essa segurança, me acalmo.
Às vezes sonho demais, faço planos demais para o futuro…
Por um momento pode ser bom, mas se isso fica por muito tempo, pode levar à inatividade.
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Falta de segurança…
Tentar agarrar-se desesperadamente a alguém… quando imagina que esse alguém está partindo… profundo desgaste…
No fundo, todo mundo, vivendo, já está partindo, seguindo um rumo, o rumo que cada um traça para si.
E não adianta segurar ninguém. Não adianta, porque não faz sentido, é contra a própria vida… estagnação, possessividade, ciúmes…
Lembrando sempre que “não é de desespero nossa caravana” e, para o eterno consolo, que “venha, mesmo que por mil vezes tenha quebrado o seu voto*“.
“As pessoas inteligentes irão quebrar todos os seus votos muitas vezes, porque a vida está sempre mudando, as situações mudam. E um voto é feito sob pressão – talvez o medo do Inferno, a ganância pelo Paraíso, respeitabilidade na sociedade… Não está vindo do núcleo mais profundo do seu ser.” (O Livro da Transformação, de Osho)
*trechos de uma parábola que li no Livro da Transformação, de Osho, atribuída ao sufi Mevlana Jalaluddin
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