Estou pensando que é bom escrever sobre o que se sente neste exato momento.
Há um alívio quando conseguimos exteriorizar por meio de palavras ditas ou escritas sobre o que estamos passando, principalmente quando é algo que nos faz sentir preso, inseguro ou triste.
Estou tendo a experiência de que, mesmo não dizendo nada, as pessoas são capazes de captar. Outro fato interessante é notar que outras pessoas estão se deparando com as mesmas questões neste mesmo momento…
Às vezes sentimos medo de nos expressar porque ainda não estamos cem por cento seguros das consequências que esta abertura pode trazer. Então temos medo duplicado, de expressar quanto ao fato em si e de quais seriam as consequências de expressar. Dupla prisão.
Outra coisa que pode acontecer é ignorar o que se passa conosco mesmo, pensando simplesmente “ah, tudo bem, vai passar, isso se resolverá de uma maneira ou de outra”.
Neste caso nos distanciamos de nós mesmos… o primeiro amigo, que sou eu… A consciência, para tomar decisões certeiras, precisa estar confiante, limpa… eu preciso saber quem eu sou originalmente e saber notar quando eu agi fora desse eu original e quando agi de acordo com esse eu original…
Então é importante um relacionamento de honestidade comigo mesmo, avaliando o que estava em minha intenção por trás de cada decisão e ação realizada.
Ao sermos honestos conosco mesmo, recebemos ajuda do “universo” por assim dizer… o universo não é uma consciência, não é um ente vivo, mas sim um meio através do qual várias consciências de diversas qualidades e níveis operam em conjunto… consciências humanas e uma única consciência divina, o próprio ser chamado de Deus.
Ao ter a coragem de verificar em mim mesmo o correto e o incorreto, abrirei as portas e janelas para prosseguir minha jornada de cabeça erguida, não tão erguida a ponto de não ver os outros, nem tão baixa a ponto de só ver a mim, mas erguida no sentido de me respeitar e de caminhar de acordo com as circunstâncias, de acordo com o caminho à minha frente, ou seja, com a capacidade de interagir bem.
O que é identidade verdadeira? Ver, perceber e acreditar que todos nós, eu e cada um, tem uma riqueza interior de qualidades e valores que, mesmo que escondidas e mascaradas sob formas negativas e ameaçadoras, irá aflorar em algum momento novamente, até eliminar por completo este véu. Quanto mais eu souber identificar em mim e em cada um esta Verdade, melhor eu viverei e me relacionarei… Agir desfa forma é algo mais do que ser humano… é ser divino.
Um pouco do que escrevi aqui foi inspirado em uma aula na Brahma Kumaris.
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