houve uma fase de minha vida na qual eu me sentia muito triste.
não parecia propriamente haver motivo que realmente justificasse aquele tamanho sentimento de inadequação ao mundo, de desinteresse em participar dele.
eu não estava satisfeita com a aparência física que tinha, com as condições dos relacionamentos…
era um misto de tristeza, raiva, vazio e solidão.
chorava por dentro, e escondia isto dos outros…
… por outro lado implorava por dentro que aquilo terminasse…
… certa vez imaginei se do outro lado da parede na qual eu me encostava para chorar havia alguém passando por aquela mesma situação… e quantos mais haviam, no mundo, se escondendo uns dos outros?
hoje resido em um edifício
e fica mais nítido perceber o dia a dia
de tantos mais
que estão passando pelas mais diversas situações
tristes ou felizes…
hoje uma senhora caiu pela janela de seu apartamento.
eu não me lembro de tê-la visto alguma vez aqui.
quando passamos por cenas como esta, elas causam algum chacoalhão.
então… o que tenho feito de meu tempo e de meus pensamentos?
porque no mundo muitos sofrem nesse exato momento em que escrevo,
e em que você está lendo.
não vamos interromper nossa vida quando cenas fortes assim acontecem.
mas sim uma pausa breve para se dar conta de como de maneira geral estamos esvaziados de vida,
de esperança e felicidade…
vamos direcionar a mente para além de aqui, além desse mundo físico…
e levá-la para a companhia da Luz…
… sendo como um espelho dessa Luz,
refletindo paz, compreensão, poder, paciência e fé.
o ser humano é como criança,
às vezes se perde de seu Pai…
precisamos retornar,
ser como Ele é,
amar incondicionalmente,
manter-se estável e puro diante de qualquer situação…
nossa natureza original é semelhante à Dele.
retornemos a ela, com extrema urgência.
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