o “clima” da fé – a fé no clima

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Recentemente, entre os dias 30 de abril e 4 de maio, tive a oportunidade de participar de um encontro internacional que reuniu mais de 60 jovens de diversos países latinoamericanos e de diversas fés.


A Convergência Fé e Clima, com o tema Águas Sagradas, foi organizada pelo movimento interreligioso Green Faith (http://www.greenfaith.org), com apoio do ISER – Instituto de Estudos da Religião (http://www.iser.org.br), na cidade do Rio de Janeiro.

Ficamos hospedados em um mesmo hostel, em quartos compartilhados, o que permitiu haver bastante interação através de conversas informais e da própria convivência em si. Desde a manhã até o final do dia participamos de diversas atividades, que envolviam diálogos, vivências, reflexões…

Algo que apreciei especialmente, e que, confesso, de certa forma era uma expectativa desde que ouvi falar do evento a primeira vez, foram alguns momentos, breves, se comparados às atividades como um todo, nos quais alguns dos jovens puderam expressar um pouco de suas fés dando uma amostra de algum ritual, canção ou dança e falando também sobre seu significado.

Acredito que, ao expressarmos aquilo que sentimos como sendo o elo com a espiritualidade, com Deus e com o que há de mais puro, ancestral, dentro de nós, criamos um tempo e espaço com mais significado e valorizamos mais a nossa existência.

A energia criada através de um sentimento devocional faz o ambiente sutil ao entorno “vibrar” da mesma maneira, tocando corações, comovendo, cativando e gerando união e cooperação com os outros que se abrem a receber estas vibrações.

Mesa com objetos religiosos trazidos pelos participantes do evento.

Em um dos diálogos, o bruxo Oggi, representante da religião Wicca, trouxe o ponto de que “o rito relembra o mito”, sendo capaz de tornar a memória desses mitos viva, ao serem representados por meio de gestos, objetos e elementos naturais repletos de simbologias.

Outro ponto interessante, trazido por Rafael Soares, do Candomblé, foi a importância de se respeitar o tempo dos processos de cada indivíduo, e dos processos da natureza… ele deu como referência o “tempo culinário”, que envolve a paciência, o silêncio e o aguardar para se chegar a um bom resultado.

Celso Sanches, do Zen-Budismo, nos lembrou da importância do silêncio, de que através dele podemos “ouvir o grito da Terra” e que é pela falta dele que causamos excessos em busca de saciar o ego.

Em outro momento compartilho mais.

Para saber mais: http://www.greenfaith.org/resource-center/emerging-leaders-climate-convergence/convergencia-interreligiosa-ambiental-fe-y-clima

2 respostas para “o “clima” da fé – a fé no clima”

  1. Avatar de projetandosaberes
    projetandosaberes

    Linda experiência! Belíssimo post! Parabéns!

    1. Avatar de almadesperta
      almadesperta

      Obrigada, Anna!

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