Descomplicando a vida

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O que pode tornar nossa vida complicada?

Pensei em alguns fatores:

  • dificuldade em relacionamentos entre pessoas de personalidades muito opostas;
  • enfrentamento de dores físicas e doenças;
  • recursos financeiros reduzidos;
  • objetos que deixam de funcionar quando mais precisamos;
  • rotina “corrida” / “falta” de tempo;
  • “insucesso” em atender às expectativas, seja no âmbito pessoal, seja no profissional;
  • dificuldade em aprender algo novo;
  • e muitos outros.

 

Hmm… e como chegamos a tal ponto?

Se considerarmos a vida de um indivíduo desde seu nascimento, é fácil percebermos que, conforme o tempo passa, ele cresce fisicamente e passa a adquirir mais e mais responsabilidades nos diversos âmbitos de suas interações.

As crianças, em geral, não estão preocupadas em ganhar dinheiro para garantir que as despesas sejam pagas no final do mês, simplesmente porque elas não têm, ainda, ciência de como as coisas funcionam na sociedade. Pensar nos pais e nos amigos, na hora de brincar… esse é o “mundo” em que vivem.

Jovens vão se tornando conscientes dessas interações sociais e começando a lidar com responsabilidades, que envolvem cuidados com a própria saúde, relacionamentos com outros, serviços profissionais, gerenciamento de tempo, desenvolvimento de habilidades etc.

 

“— Quem é o culpado por complicar minha vida?”

Quando as situações parecem muito complicadas, será que é porque “o mundo inteiro se voltou contra mim”?

Parece muita coincidência quando, em um mesmo dia, nos chateamos com mais de uma pessoa, nos sentimos frustrados por não termos alcançado um objetivo, ou até mesmo ficamos estabanados com os objetos, deixando-os cair?

Já que todas as ações que desempenhamos somos nós mesmos que iniciamos, então já há uma pista para entendermos como as complicações começam.

Se o nosso estado interior estiver confuso, disperso ou negativo, a tendência é de que tudo a nossa volta adquira essas mesmas características. A mente torna-se tão cheia de pensamentos que não é possível ter clareza e neutralidade suficientes para um bom discernimento e, por consequência, para tomar melhores decisões.

 

O dilema: falta tempo para meditar, ou falta meditar para ter tempo?

Quando estava no último ano da faculdade, precisei dar muita atenção ao trabalho de conclusão do curso, sem deixar de atender às outras disciplinas que corriam paralelamente. Somado a isso, atender às demandas de família, amigos, estágio, saúde…

Eu tinha uma prática independente de Hatha Yoga que me fazia bem, no entanto, nesta época eu já não estava conseguindo ser muito disciplinada.

Um dia disse a um amigo que eu pensava demais e queria muito começar a praticar  meditação, só que não conseguia encontrar tempo para isso. Não conseguia visualizar a mim mesma praticando meditação com a regularidade e disciplina que julgava ser ideal. Ele, que era super tranquilo, então sorriu e disse: “é por isso mesmo que você devia praticar meditação”, ou seja, para dar conta de conseguir me organizar e aproveitar melhor o tempo.

Eu estava colocando todos os meus compromissos à frente da prática de meditação, e a fila de compromissos era sempre interminável.

De alguns anos para cá consegui criar essa disciplina e fazer com que a meditação e o autoestudo ficassem à frente das outras atividades que preciso fazer ao longo do dia. Isso têm me ajudado a tomar melhores decisões quanto a quais atividades devo ou não iniciar e a garantir condições físicas, mentais e emocionais para que eu tenha uma vida mais equilibrada.

Tudo é uma questão de dar e receber (damos a essa interação o nome karma, um termo em hindi). Dar e receber inclusive com relação ao uso do tempo. A maneira como utilizo o tempo trará um retorno de mesma qualidade. Se o utilizo para beneficiar a mim e aos outros, terei sempre tempo para esse autocuidado. Já se simplesmente “gasto” o tempo sem fazer nada, ou fazendo atividades que não me elevam… estarei sempre correndo atrás dele.

Se crio espaços de tempo em meu dia para o autoconhecimento e a prática de meditação, por exemplo, terei retorno de uma mente mais serena, de um intelecto capaz de “enxergar” as situações com mais clareza e, por consequência, de tomar decisões mais precisas.

Igualmente, se dou atenção a me alimentar de modo saudável, é mais difícil que eu adoeça, que sinta dores, assim consigo mais disposição para viver. Se me dedico a desenvolver minhas qualidades interiores e a colocá-las em prática ao me relacionar com os outros, certamente conseguirei “aparar arestas” com mais facilidade.

Tudo, então, é reflexo de como estou comigo mesmo. Ao priorizar a espiritualidade e o autodesenvolvimento integral, o “eu” é reorganizado, e tudo o que girar no entorno deste “eu” central se reorganizará de acordo.

UMA DICA para iniciar a prática de meditação de forma integral são os cursos de introdução à Meditação e Filosofia Raja Yoga, oferecidos pela Brahma Kumaris, uma organização de origem indiana e mundialmente reconhecida por trazer benefícios à vida das pessoas e ajudar na revalorização do ser humano.

Saiba mais em: http://brahmakumaris.org.br

 

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