Conceituaria virtudes como características de qualidade elevada que expressamos naturalmente. Ser virtuoso é ser agradável, correto, espiritual nos diversos níveis de nossa conduta: do pensar, falar e agir.
Conhecemos muitas virtudes, e de algumas delas nos sentimos distantes às vezes. Sentimos que talvez seja difícil alcançá-las, por exemplo, as virtudes da paciência, autoconfiança, coragem e doçura.
Às vezes fazemos um empenho para sermos mais “doces” e pacientes. Mas, se não há uma transformação mais profunda, essa mudança torna-se como uma máscara, algo falso.
As virtudes, em seu nível superficial, são comuns e de pouco valor, por exemplo, se sou paciente só até onde consigo, se sou respeitoso até certo ponto, se tenho fé até onde sinto que “já sei”.
Há um nível mais profundo de virtudes, que se expressam de modo natural. São aquelas que tornam-se a nossa própria personalidade, e as quais usamos sem “medição”, ou melhor, sem limites. Exemplo: se tenho fé no sucesso, a fé permaneceria inalterada mesmo em situações muito desafiadoras; ou então se sou capaz de expressar gentileza mesmo quando sou tratado com hostilidade; e outro exemplo, se sou simples no meu modo de ser e interagir, mesmo tendo recursos materiais disponíveis.
Como alcançar este nível?
Virtudes que são naturais são fruto da pureza da alma, do ser.
Quando atuamos de maneira consciente de nossa espiritualidade, ou seja, de que estamos aqui como viajantes e de que nossos tesouros são na verdade as nossas próprias qualidades espirituais, elas afloram, liberando a “fragrância” do nosso ser, na forma de virtudes.
Através de exercitarmos essa nossa condição original é que vamos nos tornando a forma viva daquilo que ficou por muito tempo guardado dentro de nós, inerte.
Como posso assimilar virtudes?
Através da purificação e transformação de nossa consciência, para um nível espiritual. Isso altera nosso modo de ver e perceber o mundo, nossas intenções, pensamentos, sentimentos, palavras e ações.
Ver os aspectos positivos de tudo e de todos, suas expressões elevadas. Se focalizo em fraquezas, defeitos e negatividades, elas parecem aumentar e me contaminar. O mesmo acontece se focalizo em qualidades, poderes e virtudes: eles aumentam.
Ao ver as minhas próprias virtudes e potencialidades, o meu progresso, me preencho mais e, assim, mantenho autorrespeito diante dos outros, nem me rebaixando, nem me “inflando”. Compreendo que cada um tem seu papel e se expressa de um modo diferente.
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