De tempos em tempos alguma situação surge na minha vida que me direciona a atenção ao fato de cada um ser especial à sua maneira.
Em 2003 comecei a folhear um livro de Carlos Castañeda, da estante de meu pai, e me deparei com um trecho que me chamou a atenção, embora na época eu não tivesse compreendido muito bem o significado. (nunca dei continuidade na leitura, mas o trecho sempre me volta à memória)
As situações me revisitam, como disse, e acabo retomando e relendo aquele trecho, que cada vez torna-se mais claro, mais compreensível.
É uma grande sabedoria não se forçar a ser o que outra pessoa é, e não esperar que os outros sejam como eu sou, porque simplesmente cada um é cada um, e tem suas razões para isso.
Abaixo, segue cópia do texto originalmente publicado em um dos meus primeiros blogs.
[ Escrito em 26 de janeiro de 2004 ]
Todo mundo tem a necessidade de criar. Por mais que digam que arte é isso ou aquilo, ou que isso é bonito e de bom gosto e aquilo não, qualquer criação é arte.
A arte acontece quando a pessoa encontra sua melhor forma de se expressar. Seja num sorriso, num olhar, numa pincelada, no modo de falar, de viver, de opinar, de brincar, de cozinhar, de esculpir, de ensinar, de escrever, de resolver problemas, de conviver e de infinitas outras formas próprias de se fazer as coisas.
É a individualidade que capacita para a arte.
arte = conhecimento ?
outra coisa q escrevi um tempo depois, sobre o mesmo assunto…
[ Escrito em 16 de janeiro de 2003 ]
*quanto a esses escritos achei palavras muito semelhantes no livro “Uma Estranha Realidade” de Carlos Castañeda (que ainda não li inteiro):
– Sacateca, por exemplo, é um homem de conhecimento, e a sua predileção é dançar. Assim, ele dança e sabe.
– A predileção de um homem de conhecimento é alguma coisa que ele faz pra saber?
– Sim, está certo.
– Mas como é que a dança pode ajudar Sacateca a saber?
– Pode-se dizer que Sacateca dança com tudo o que tem.
– Ele dança como eu? Quero dizer, como dança?
– Digamos que ele dança como eu vejo e não como você sabe dançar.
Não sei se deu pra “captar” a mensagem… é meio confuso, mas eu achei interessante…
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