Com o passar do tempo, temos novas experiências e há mudanças em nossa percepção. Algo que era visto de um jeito agora se vê de outro. Algo que recebia muita importância agora já não é tão relevante.
O meu olhar muda sobre o mundo. O mundo muda para mim.
Algumas coisas vão querer se soltar de nós. E uma parte de nós vai querer se agarrar ao que está se soltando. Mas esse “soltar”, aparentemente natural e inevitável, é resultado do que um dia eu já havia sentido que deveria esquecer e me libertar… começou em um pensamento muito profundo e verdadeiro.
O que está acontecendo agora é a materialização daquele pensamento passado, e por isso, é minha própria criação.
Me veio à mente uma cena, a de desenraizar uma planta. Já fiz isso e é necessário tanto força quanto paciência, especialmente se não quiser quebrar a planta, deixando parte da raiz no solo. Você puxa, puxa, escava, desenterra, puxa, puxa, puxa… e não para de sair raiz da terra… cai terra para todo lado, aparecem minhocas e outros bichos…
Assim é em alguns momentos de nossa vida, quando um acontecimento nos faz ver sob outro olhar, quando mexe com uma parte nossa que desconhecíamos, que estava enterrada. É preciso se aprofundar e persistir na remoção daquelas raízes antigas, que tornaram o “solo” interno da consciência endurecido e impermeável.
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