
Quando refletimos sobre a natureza da alma, costumamos associá-la à noção de “energia”, uma vez que não podemos vê-la ou tocá-la, mas experimentamos sua existência. Compreendemos que o corpo, constituído de matéria física, é movido pela alma, por essa energia que não somente possibilita os movimentos físicos, mas também os pensamentos, as memórias, cria desejos, aflora as emoções e aciona a capacidade de discernir e tomar decisões.

Sabemos que também o próprio corpo e toda a matéria física são energia. Experimentos da Ciência mostraram que mesmo o que se pensava ser a menor partícula constituinte da matéria – o átomo – compõe-se de outros elementos em constante vibração e de espaços vazios.
A descoberta de que “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” (Lavoisier) nos leva a refletir: se meu próprio corpo é constituído por energia que poderá se recombinar de outras maneiras, ou seja, um dia as partículas que compõem meu corpo poderão constituir uma árvore, ou estar nas águas de um rio… então, quem sou eu de verdade?

Todas os tipos de fontes de energia que conhecemos e utilizamos – elétrica, térmica, solar, eólica, nuclear – passam por um processo de geração e transformação até que se tornem acessíveis e úteis de diversas maneiras para nós. Sem energia, as lâmpadas não se acenderiam e os veículos não poderiam se movimentar, por exemplo. Sem uma pilha carregada, um relógio não poderia funcionar.
De modo semelhante funciona o ser humano: a alma, que é a energia eterna e consciente de sua existência, atuando junto ao corpo, que é constituído em última instância por átomos, energia, vibração. Portanto temos dois tipos de energia atuando de modo combinado: a da alma (atma) e a dos átomos.

No próximo post falarei sobre a experiência de sentir-se “sem energia” e como é possível “recarregar-se”.
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