A lição e a prova de cada um são diferentes.

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Você já se viu em uma situação que te deixou em dúvida sobre como agir?

Algumas situações, se vistas apenas aparentemente, nos trariam uma atitude de respostas óbvias, diretas. No entanto, percebemos que nem sempre há um resultado bem-sucedido. Por que será?

A experiência de vida nos revela, de tempos em tempos, que existe uma grande influência em nossas ações e comportamento a partir de como nos sentimos e de nosso modo de pensar e perceber a vida.

Dependendo de como me percebo diante do mundo, dos outros, e também com relação a mim mesmo, às capacidades que tenho, assim serão as minhas escolhas.

O que é a experiência verdadeira de sucesso? Acredito que é quando me sinto em paz comigo mesmo após ter tomado uma decisão, quando não me vem à mente algum pensamento de que posso ter ferido alguém através de minha atitude, e também quando aquela ação não deixa marcas de arrogância, dúvidas ou arrependimentos na memória.

Antes de tomar qualquer decisão, se faz necessário um recolhimento ao nível do pensar, uma introversão que me permita enxergar com clareza aquele “eu” puro e estável dentro de mim, que me revela a verdade e a real necessidade daquele momento.

Essa introversão me mostrará o certo e o errado e me apontará a melhor decisão a ser tomada, ainda que para o senso comum possa não fazer tanto sentido como, por exemplo: “perder” uma oportunidade de um trabalho que me traria um bom salário, ou a chance de ser reconhecido e “aplaudido” por muitos.

O que é de real valor no mundo?

Observando a História, com todas as conquistas materiais, inovações tecnológicas e vários tipos de avanços científicos, ainda assim nada disso tem sido capaz de promover, ou de garantir, uma real dignidade e espiritualidade aos seres humanos.

Em grande parte, essa dita “evolução” ofuscou nossa visão interna, nos confundindo e fazendo ver valor nas aparências, mais do que no que realmente “move as cenas do drama” (da vida).

Quando nos tornamos observadores que não se misturam às situações, conseguimos ver as entrelinhas dos acontecimentos, ou seja, os movimentos da consciência e das intenções que podem ter criado as “cenas” e convidado os “personagens” no palco da vida.

Ver essas intenções requer muita limpeza interior, muita honestidade em conseguir perceber o quanto que algo referente a mim, ao meu passado e crenças, pode estar ofuscando, e até mesmo criando, em termos de realidade.

A confusão diante de uma situação talvez ocorra porque haja uma mistura de um desejo (contido) por algum dos aspectos daquela situação (de obter algo com aquilo) e de uma voz interna que diz o que é o correto a ser feito.

Caso ainda haja mistura dos pensamentos que buscam justificativas para suas ações através de tomar a forma de pensar e agir dos outros como referência (ou seja, ao comparar como o outro age ou agiria se estivesse na mesma situação que eu), a confusão mental está feita de tal modo que deturpa a realidade.

Em meio a muitos pensamentos, não fica claro o que a situação pede de mim, pois naquele momento não estou conseguindo acessar a minha luz e estabilidade. Então vem o medo de errar, de desapontar as expectativas de alguém, de ouvir aos próprios sentimentos, de ser julgado por “não ser bom o suficiente”.

O que é importante é ter em mente que cada um tem um caminho a percorrer (e já percorrido), tem suas lições a aprender, desafios e testes a serem superados, e isso é diferente para cada pessoa, inclusive para mim.

Portanto, esse “olhar para dentro” para verificar o que é mais adequado a ser dito ou feito ao se deparar com um momento mais decisivo, é essencial para que eu avance de acordo com o caminho que tenho a percorrer, que pode ser bem diferente do caminho do outro.

Certamente o que decorrerá disso é um sentimento de ter feito o melhor e seguir em frente.

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