Refletindo sobre aspectos em minha personalidade que às vezes causam uma certa “paralisia” nas ações, como se eu entrasse em um estado de choque por me deparar com situações inesperadas ou até mesmo inacreditáveis, fiz um paralelo com a noção de morte, de fim.
Na base do conhecimento Raja Yoga, ensinado na Brahma Kumaris, está a consciência de ser a alma eterna, e não o corpo que perece.
Sob a consciência de eternidade, o olhar sobre tudo se torna mais amplo, menos focado em “picuinhas”, pois sabe-se que aquilo é passageiro…
Outro aspecto dessa consciência é que, ao encerrar um papel em um corpo, este se deteriora, mas a alma, o verdadeiro eu, entra em um novo corpo, quando ele está em gestação na barriga de uma mulher, e assim, a alma dá continuidade, de certa forma, à manifestação de suas tendências de personalidade, aos seus sonhos que não foram concluídos na vida anterior, carrega consigo toda sua história, na forma de impressões, ou hábitos que parecem já fazer parte da personalidade. Isso não quer dizer que a alma seja capaz de se recordar de cada ação das vidas anteriores.
Aqueles que aceitam a ideia da reencarnação e da eternidade da alma não teriam porque ter receio do momento da morte, já que trata-se apenas de uma transição de um corpo para um outro corpo.
No entanto, é fato que este receio existe em grande parte da humanidade e que muitos tornam-se ansiosos por viver tudo o que a vida oferece de prazeres sensoriais, a fim de “aproveitar” o “pouco” tempo aqui…
Com a consciência de ser um corpo que em breve deixará de existir, pouco se desenvolve de profundidade espiritual, de virtudes, de bem-viver… Em pouco tempo a vida torna-se vazia e cheia de infelicidade, angústias e vícios.
A consciência de morte relaciona-se também aos sentimentos de fim, interrupção, desistência, esgotamento, cansaço, medo… aos sentimentos negativos… É uma questão de esforçar-se em se lembrar de sua verdadeira “forma” a cada instante, para não cair na armadilha do fim, da muralha que encerra a beleza de viver com felicidade…
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