Às vezes nos vemos armadilhados, ou enroscados, em uma situação ou mesmo em pensamentos que nos fazem dar voltas e voltas em círculos, em nós, sem encontrar solução, fechamento… nos sentimos cansados e sem muita esperança de sair dessa teia.
Há alguns posts atrás mencionei os passos que podem nos levar a cair em “armadilhas”, com intuito de perceber esses sinais e escapar da armadilha… mas, se já nos enrolamos, como fazer?
Bem, o que tem dado certo para mim resume-se em: entendimento e foco no eu, conexão em pensamento e sentimento ao meu Pai espiritual, desapego dos acontecimentos e relacionamentos.
1. ENTENDIMENTO E FOCO NO EU
O “eu” que estou mencionando não tem o sentido de egoísmo, de arrogância, mas de perceber a si mesmo como alguém de valor espiritual, carregado de qualidades impalpáveis, como: bondade, amor, verdade, felicidade, paz… alguém que tem direito a exercer essas qualidades, não alguém que exige essas qualidades a partir do externo, mas alguém capaz de fazer brotá-las internamente.
Por um lado eu crio essa visão, essa projeção, de mim desta forma, por outro eu exerço, em pensamentos, palavras e ações, essa forma elevada. Assim, crio o foco em me melhorar, em me transformar, e também entendo o meu processo único de exercer esse papel… Nesse processo não preciso me comparar, mas me inspirar a partir do que vem de virtuoso dos outros. Eu sou o guia de minha viagem. Se olhar muito para os lados, tomarei um caminho que talvez não seja o melhor para mim.
2. CONEXÃO EM PENSAMENTO E SENTIMENTO AO MEU PAI ESPIRITUAL
Estabelecer um relacionamento espiritual, sutil, baseado em pensamentos direcionados a um Ser de consciência muito mais elevada do que a humana.
Fazer pausas ao longo do dia, dedicar-se a observar a maravilha da vida, enxergar a presença da espiritualidade e a beleza interior, são práticas que auxiliam a criar essa conexão profunda.
Tomar decisões aleatoriamente levará a caminhos aleatórios. Considerar que cada escolha definirá o futuro em diversos níveis (mental, físico…) resultando em aquisições ou perdas, nos leva a ser mais responsáveis por elas.
Deixar que a luz da consciência limpa entre na mente e mostre o melhor caminho é aproximar-se da condição de ser um filho espiritual de Deus e não mais sentir-se sozinho, perdido, sem rumo. Ele se torna um grande Guia, que orienta a partir de uma visão ampla dos acontecimentos pois Ele vê o antes e o depois.
3. DESAPEGO DOS ACONTECIMENTOS E RELACIONAMENTOS
Assumo que um mundo de situações existem, que um grande enredo se desenrola com inúmeros outros personagens… Contemplo a beleza do cenário e dos próprios encadeamentos de acontecimentos… Grande parte das cenas laterais acontecem independentemente de eu querer ou não… Cabe a mim escolher aceitá-las ou brigar com suas existências.
Não há necessidade de me envolver em todas as cenas, de criar opiniões sobre elas, ou de questionar suas manifestações.
Basta observar e seguir o rumo que me mantém no eixo de minhas qualidades, no eixo do meu eu verdadeiro.
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