A energia renovável do ser – II

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No post anterior, falei sobre o fato de a alma, ou o espírito, ser um tipo de energia diferente da energia dos átomos. Sendo uma energia que jamais tem fim, então podemos pensar: “por que às vezes dizemos que estamos cansados e sem energia”?

Um comparativo que pode ser feito é com um brinquedo que funciona a corda. Você gira várias vezes a manivela, e a energia acumulada aciona engrenagens que fazem o brinquedo se mover, até que a energia seja totalmente dissipada e seja necessário dar corda outra vez.

Quando nos sentimos muito cansados – e especialmente me refiro a um cansaço mais profundo e aparentemente inexplicável, como a falta de vontade de viver, ou de ir ao trabalho, ou de começar a fazer algo novo, por exemplo – é como se o nosso estoque de energia espiritual não estivesse disponível para “movimentar as engrenagens” da nossa vida.

Porém, se estou vivo, se respiro, é porque há sim a energia da alma. Mas é como se ela tivesse encontrado um bloqueio no meio do caminho, é como se as engrenagens estivessem emperradas, sem óleo, dificultando o movimento interno.

O que pode ter tornado a situação assim? O que pode ter “emperrado” a nossa experiência positiva de viver?

Há muita atenção dada aos aspectos “menos profundos” da existência, um excesso de preocupação sobre: a aparência física; o que o outro pensa sobre mim; se alcançarei sucesso; o meu status financeiro e social…

Com a mente experimentando constante autocobrança e medos de vários tipos, cria-se um tumulto interno, é como cavalos correndo sobre a areia, levanta muito pó e não se consegue ver bem. O excesso de pensamentos e emoções são uma energia negativa para a energia pura da alma. Eles criam “nuvens”, que bloqueiam a passagem da luz espiritual (que representa a expressão de paz, felicidade…), por isso há cansaço e falta de clareza.

Para sair desse tempo nublado, precisamos de ajuda externa. A aceitação da existência de um Ser mais elevado do que toda a humanidade. Sua espiritualidade e luminosidade constante nos ajuda a “mudar o tempo”, a “clarear as ideias”.

É do relacionamento que estabelecermos com Ele(a) que virá o “girar da manivela”, a recarga da “bateria” espiritual, do vento que movimenta o moinho. Depende de cada um se permitir esse encontro, através do que chamamos de meditação, que nada mais é do que relembrar quem somos e que já por inúmeras vezes fomos recarregados por este Ser Supremo, então nos descarregamos e então, ciclicamente retomamos essa conexão.

A vida faz mais sentido quando nos reconhecemos como seres muito mais amplos do que apenas o corpo e as relações físicas que mantemos.

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