1. Atitude de cuidado e cooperação ao escolher os alimentos
Uma alimentação consciente é aquela que envolve a percepção que se tem sobre o ato de se alimentar.
O ato de se alimentar não tem a ver somente com o tipo de alimento, mas com todo o processo que aquele alimento percorreu até ser ingerido, até chegar ao meu prato.
Nas últimas décadas percebemos como nossas vidas se tornaram mais cheias de cobranças, com mais tempo dedicado ao trabalho, de maneira que aceleramos as nossas ações a tal ponto que nos assemelhamos a máquinas de produção. Às vezes até nos esquecemos de que precisamos alimentar bem nosso corpo.
Se antigamente tínhamos mais contato com as fontes produtivas, com o campo e com a natureza, deles obtendo o que se precisava sem necessidade de muitos intermediários, atualmente temos uma situação oposta. Vivemos em cidades afastadas dos campos e muito populosas.
Nos acostumamos aos supermercados, praticamente nos tornando ignorantes das fontes produtoras e até mesmo da natureza do que estamos ingerindo: muitos alimentos processados contém tantas químicas, que fica difícil dizer se realmente tratam-se de alimentos. Perdemos o senso de distinção entre o que é natural e o que é artificial.
Nascemos acostumados a certas maneiras de preparar o alimento e fomos estimulados a comer certos tipos de alimentos em vez de outros… é comum nos orientarmos por “gostos”, por convenções sociais, e mesmo por modismos, não nos questionando, ou não indo atrás de informações aprofundadas sobre a origem do que comemos.
Nossa simples escolha diária a respeito dos tipos de alimentos não está isolada, mas, sim, faz parte de toda uma cadeia de relacionamentos entre pessoas e natureza, que pode ser de qualidade positiva ou negativa, no sentido de trazer, ou não, benefício a ambas as partes, ou de violar os direitos da outra parte.
Portanto, procurar saber a origem dos alimentos, como as pessoas envolvidas em seu processamentos se beneficiam e que tipo de impacto é gerado ao meio ambiente (plantas, solo, ar, animais) é fortalecer internamente a atitude de conscientização e de cooperação para uma renovação do mundo, possibilitando manter vivo o processo como um todo, em vez de interrompê-lo.
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