Acompanhando as estatísticas deste blog e as palavras-chave que mais atraem leitores, notei que o post “Refrescar a mente” é o mais acessado. Por se tratar de apenas algumas palavras escritas em outra fase, achei que seria bom escrever com mais profundidade sobre o tema.
E venho escrever em um momento interessante, pois acabei de sair de uma crise de enxaqueca que durou mais de uma semana.
Durante a crise, quase que ininterruptamente senti dor de cabeça, cada vez em uma região e, somado a ela, muito cansaço. Não posso dizer que consegui facilmente refrescar minha mente nesse período, mesmo sendo praticante regular de meditação há 5 anos, mas em vários momentos tive de me “entregar” e parar o que estava fazendo, deitar e manter a mente com um foco mais profundo, ou seja, desapegada de pensamentos referentes ao momento, por exemplo, de me preocupar com o trabalho, com dinheiro, com o que eu poderia estar fazendo naquela hora… eu simplesmente me entreguei, porque era exatamente o que eu precisava: uma pausa maior, um momento de mais auto-observação.
Constatei que por um longo período guardei, ou escondi, certos sentimentos e julgamentos referentes ao que se passava ao meu redor. E não eram bons, embora eu não admitisse para mim mesma. Minha intenção era não sentir aquilo, mas uma vez que se sente, aquilo penetra e envenena. Foi o que aconteceu.
Se sentimos que precisamos refrescar a mente, o que aconteceu para ela ficar “esquentada”?
Acumulamos muitos pensamentos, emoções, sentimentos, projeções… de qualidade inútil ou negativa. E chega o momento em que não aguentamos a nós mesmos.
Para sair disso, não adianta aumentar a discussão interna, tentando evitar pensar… mas é preciso alçar vôo alto… ver com outro olhar, mais amplo, distante da poluição, do barulho, da confusão. A meditação é a prática que permite ampliar o campo da mente.
Você já se perguntou de onde veio antes de ter nascido aqui? E para onde irá depois que deixar esse “papel”?
Há um antes e um depois desse estado atual. A existência não pode ser somente material, física. Se fosse, como poderíamos explicar a fé e todas as referências ao espírito que as religiões sustentam através de simbologias, rituais, mitologias…?
Bem, imagine uma dimensão totalmente imaterial, como um espaço ilimitado no qual não há ações, nem tempo, nem som… só se experimenta paz neste espaço, mas lá não chegamos com um corpo, somente os espíritos podem alcançá-lo, somente as almas em estado de pureza completa…
O Raja Yoga ensinado na Brahma Kumaris traz a noção dessa outra dimensão, que é mencionada também em muitas religiões, como: nirvana (além do som), paramdhan (morada suprema), shantidhan (lar de silêncio e paz)…
Imagine que houve um momento de sua existência no qual você viveu neste espaço… e que é o destino de toda alma humana um dia retornar para lá… independente do que esteja passando aqui no mundo físico, independente de quais situações estejam acontecendo, um dia todos vamos voltar a experimentar paz por um longo período…
E lá reside sempre a Alma Suprema, a quem chamamos de Deus… um Grande Doador de Amor, Paz, Sabedoria, Poder…
Sabendo disso, então pratique a meditação visualizando-se, experimentando-se como o espírito, a alma, o ser puro, distante da identidade física, envolto nesse espaço de paz e silêncio na forma de luz e recebendo de Deus todo o seu acolhimento e paz incondicionais, como uma Fonte inesgotável …
Pratique várias vezes ao dia e sinta esse refrescamento interno. E mude seu modo de pensar, de falar e interagir, purifique e direcione para o autorrespeito e a carga de ações prejudiciais vai sendo removida, limpa…
Uma resposta para “Refrescar a mente #2”
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Excelente artigo! Esclarecedor e inspirador!
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